Enquanto aguardo por nova medalha, gostaria também de opinar sobre a questão que tem interessado muitos blogues assim como muita comunicação social.
Nota-se que os média e a opinião pública têm tendência a considerar um português naturalizado como uma espécie de português de segunda.
Do Francis, que alimenta o nosso orgulho, exultamos sim, mas com o gosto amargo de que não é um português genuíno, não comeu bacalhau e não ouviu fado em pequenino e traduzem, com frequência, esta duplicidade, chamando-lhe frequentemente luso-nigeriano.
Eu reconheço que a situação não é líquida. Não a situação jurídica que é claríssima e inequívoca, neste domínio, Francis é português, tem de pagar os seus impostos ao Estado Português, é elegível e eleitor em Portugal. Não é também a questão do coração, pelo contrário, tenho-lhe ouvido declarações até um pouco agastadas relativamente aos jornalistas que lhe negam esse estatuto de português de corpo inteiro.
A questão que coloco vai um pouco mais além e resume-se a isto: O que é, de facto, um português ? ou um francês ou um chinês ?. Quais as qualidades que definem a verdadeira pertença a um determinado povo ? ou será que a questão de ser português é mesmo relevante ?
Por agora, limito-me a colocar a questão, em futuras crónicas irei deitar mais achas para esta fogueira.
2004-08-26
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1 comentário:
Podemos começar pelo Craveirinha: A minha Pátria é a lingua portuguesa.
JPulga
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