2010-03-26

Bulling

Eu não queria falar disto, até a palavra me incomoda, “bulling”.
No meu tempo de estudante e presumo que em todos os tempos de estudante, não havia “bulling” o que havia era porrada, andávamos muito à porrada e nesse jogos dá-se e leva-se, eu até fui um que levou bastante mas também deu alguma coisa.
E essa porrada não tinha sentido nenhum, no plano imediato, era, como julgo que agora, uma simples questão de afirmação de poder, na “alcateia”, a tentativa de estabelecer uma hierarquia.
Nesse jogo os mais fortes fisicamente levavam a melhor, e depois havia um séquito de fracos que adulavam os fortes e servindo-os escapavam, lamentavelmente, eram os fracos, independentes que apanhavam mais. Embora, mesmo para esses por vezes houvesse todo um jogo de alianças e de manhas, que minimizavam os danos, ainda que para alguns mais frágeis ficassem marcas profundas e um intenso sofrimento.
Aliás, no meu tempo, era na escola primária que isso se via mais, entre os 6 e os 10 anos, a partir daí a força física deixava de ser o único valor, o aspecto físico e a força económica ganhavam outro estatuto e a linguagem, o voto ao ostracismo, as pequenas sacanices levavam a melhor sobre a porrada.
Era duro, gerava medos e inseguranças mas sempre encarei tudo isso como uma parte do processo educativo, para nos preparar melhor para o “bulling” constante que enfrentamos na vida, a mesma agressividade gratuita, a mesma violência descabida.
Agora, com esta simples palavra em Inglês, ganhou, como tudo, o estatuto de espectáculo.

2010-03-20

A globalização contada às crianças

Parte V

A globalização


Amiguinhos

A globalização é a civilização mas em grande, em tão grande que envolve o mundo inteiro.
Nós já falámos de como o ouro se tornou essencial para termos acesso às coisas e falámos também no papel moeda que faziam alguns homens a que chamamos bancos, que guardavam o ouro dos outros e escreviam num papel a quantidade de ouro que guardavam e que restituíam quando o papel lhes era dado de novo, menos um bocadito para pagar o seu trabalho.
A imaginação do homem continuou a inventar coisas, muitas coisas, até ao dia de hoje, onde já temos carros aviões, televisão, internet e telefones que permitem que os vários bandos de homens e os vários Estados rapidamente contactem uns com outros e comprem e vendam produtos.
Entretanto os tais bancos começaram a notar que o ouro que gastavam ficava lá muito tempo guardado, porque o papel permitia comprar tudo sem se ter o trabalho de carregar o tal ouro e, então, pensaram assim, eu posso passar mais papéis do que o ouro que tenho porque eles nunca vêm buscá-lo todos ao mesmo tempo.
Assim foram fazendo e ficando mais ricos mas por vezes havia problemas porque muitas pessoas queriam o ouro ao mesmo tempo e eles não tinham para lhes entregar.
Então os Estados tomaram em mão o fazer esses papéis e, assim, cada um decidiu fazer a sua própria moeda que correspondia ao ouro que tinham guardado.
Acontece que mesmo os Estados pensavam como os banqueiros e começaram a fazer mais moeda do que o ouro que tinham.
Para as pessoas tanto fazia, porque os papéis valiam como o ouro e toda a gente o aceitava em pagamentos mas aos poucos o dinheiro ia sendo mesmo aquilo que era, apenas papel, embora um papel simbólico.
Com a internet e os cartões e tudo o mais nem sequer era preciso o papel moeda, bastava o registo, bastava ficar escrito o dinheiro que cada um tinha.
Claro que isto era uma confusão global, alguns estados tinham muito ouro e a moeda correspondente e outros não.
Certa vez houve uma grande reunião em Brenton-Woods com todos os estados para tentarem pôr ordem nisto e ficou combinado que para o dinheiro que cada estado fazia, tinha que haver a mesma quantidade de ouro ou de “dolars” que era dinheiro dos Estados Unidos, e que se prontificou a que cada “dolar” correspondesse aos seu valor em ouro. Até se criou uma espécie de polícia para fiscalizar isto, que se chama FMI, mas com ou sem polícia tudo descambou outra vez, porque mesmo os Estados Unidos começaram a fazer moeda sem terem o ouro para isso.
Para as pessoas isto tanto fazia porque o dinheiro tem sido sempre aceite mas como cada vez vale menos os preços das coisa começaram sempre a subir,.
É a chamada inflação que se diz sempre que são as coisas a subir de preço mas que na verdade é apenas o dinheiro a perder valor, sempre, sempre.
No mundo global tudo gira em volta do dinheiro e todos querem ter muito dinheiro e assim os Estados vão fazendo mais dinheiro até que um dia todos os homens percebam que aquilo é só papel, é uma abstracção é uma ficção.
È mais um produto da imaginação do homem mas que enquanto vale não temos outro remédio senão o usar porque não podemos ter nada sem dinheiro e temos de esperar que não haja mais crises financeiras que surgem quando aqui e ali se verifica o óbvio, que afinal o dinheiro não vale nada.
Mas no mundo global os homens têm que ser todos como aquele soldados do filmezinho a baixo, têm que ser como máquinas, fazer tudo como o sistema manda se não, não têm dinheiro, não têm essa coisa que só vale porque as pessoas estão convencidas de que vale.
Houve um homem sábio chamado Freud que escreveu um texto chamado “O mal estar da civilização”.
Esse mal estar, que é geral e crescente vem da constatação de que o mundo global só é viável se todos os homens deixarem de pensar pela sua cabeça e todos fizerem tal qual como o tal mundo global quer, só assim podemos viver todos juntos.
Mas, alguns, muitos de nós, não gostamos de ser máquinas.
Ainda que máquinas bonitas e bem lubrificadas e com toda a assistência técnica.
Isso dá-nos mal-estar.
No fundo, o que eu vos queria dizer é que a globalização é inviável, como ireis ver.

FIM

2010-03-18

A globalização contada às crianças

Parte IV

A civilização 2

Amiguinhos

Eu escrevo para vocês, meninos e meninas porque vocês vivem uma fase da vossa vida onde ainda estão próximos dos primeiros homens que povoaram a Terra.
Não têm de cuidar ainda do vosso sustento e de onde dormir, estão ricos de imaginação, que é o mais importante como dizia Einstein, só vos falta um pouco de conhecimento, que é o menos importante, mas requer que outros cuidem de vós.
Sei também que muitos de vós são maltratados e mal cuidados, por bem ou por mal, mas isso também acontecia a alguns dos primeiros homens.
No outro dia estive a observar com cuidado um grupo de meninos e meninas que se deslocavam da creche para uma piscina, acompanhados de 3 vigilantes adultos.
O comportamento era o que é de esperar de um grupo de seres humano, cada um diferente do outro e todos únicos.
Às vezes uns andavam mais depressa e saíam do grupo, e o vigilante tinha que os chamar, outros trocavam de posição, enfim vocês sabem como é que se deslocam em grupo. E já vi outros grupos de meninos, vestidos de igual, com bibes e dando as mãos, como lhes indicavam os vigilantes mas, mesmo assim, alguns corriam e passavam para a frente e outros paravam, por vezes.
È isto que se espera de homens livres e diferentes mas agora, olhem com atenção para este filmezinho e depois digam-me o que vêm.



Está visto, são soldados a marchar, coisa banal embora efectivamente estranha com seres humanos livres e diferentes, todos parecem um só, alinhados, vestidos de igual, até cada perna se levanta ao mesmo tempo.
Sabem o que tornou isto possível? Este comportamento hiper-disciplinado e perfeitamente inútil?
Foi precisamente a civilização.
Eles não se movem porque e como querem, andam assim porque são soldados e são supostos andarem assim. Não há outra razão.

2010-03-15

A Globalização contada às crianças

Parte III

A Civilização


Amiguinhos

Onde é que tínhamos ficado? Ah, foi na propriedade, é verdade, a propriedade que mudou tudo.
Primeiro era preciso saber o que era de uns e outros, porque sempre havia gente a pôr isso em causa. Como os humanos, entretanto, descobriram a escrita passaram a poder fazer registos mas mais importante do que isso teve que aparecer uma autoridade que esclarecesse as questões e uma polícia para evitar os roubos e juizes para arbitrar disputas e mais tudo o que faz um Estado, passou a haver Estados.
Depois, enquanto dantes se eu queria uma maçã só tinha de ir apanhá-la numa macieira, agora havia alguém que me dizia:
- Essa macieira é minha, se queres uma maçã tens que me dar alguma coisa em troca.
Dar o quê? Talvez uma pulseira que eu tivesse feito ou uma cabra que fosse minha mas uma cabra era muito por uma maçã e se lhe desse só um bocado, tinha que matar a cabra e todos perdiam, teve-se de inventar algo diferente, uma coisa que toda agente quisesse e se pudesse dividir em porções.
A certa altura usou-se o sal e assim, por uma maçã talvez pudesse dar um punhado de sal, aliás é por isso que ainda hoje se chama salário ao que se paga pelo trabalho de uma pessoa.
Mas o sal também não dava muito jeito, era difícil carregar grandes quantidades para comprar uma quinta, por exemplo, alem de que se dissolvia na água.
Falei de uma quinta porque entretanto começou também a agricultura, em lugar de apanhar o que a natureza dava os humanos começaram a imitar a natureza e a criar aquilo que mais gostavam para ter sempre à mão.
Escolheram outra coisa, o ouro, o ouro dava muito jeito, podia-se dividir em porções muito pequenas e sobretudo, por alguma razão misteriosa, toda a gente queria ter ouro.
Entretanto o dono do pomar de macieiras pensava assim, “tenho as maçãs todas que quero e ganho muito ouro por aquelas que vendo, não preciso cuidar do pomar, vou dar um bocadinho do meu ouro para que alguém cuide do pomar por mim”.
E assim foi, criaram-se cidades e como nas cidades não havia agricultura, compravam os alimentos com ouro e mais tudo o que precisavam como os tachos e panelas e a roupa enquanto outros faziam essas coisas por ouro.
Entretanto o homem ia usando a sua imaginação e inventando sempre novas coisas.
Todavia outros bandos de homens começaram a inventar carros puxados por cavalos e armas de todo o tipo, como arcos e flechas, espadas e lanças e, mais tarde, espingardas e pistolas e pensaram assim” Nós escusamos de ter esforço a fazer coisas, vamos conquistar aquele Estado e ficamos com tudo o que era deles.
Assim começaram as guerras que duram até hoje.
Mas uma coisa tinha de mudar, o ouro é muito pesado, e se eu preciso de muito ouro, para comprar coisas, como é que eu aguento com o peso? e quando vou para a guerra tenho que deixar o meu ouro sujeito a ser roubado.
Assim apareceram outros humanos que disseram “eu guardo o ouro comigo e dou-vos um papel a dizer a quantidade de ouro que deixaram comigo e quando vocês vierem mostram-me o papel e eu devolvo-lhes o ouro, menos um bocadinho que é para o meu trabalho mas se precisarem de comprar alguma coisa podem entregar esse papel ao vendedor e ele depois vem ter comigo que eu dou-lhe o ouro”. Foram estes que inventaram os bancos que perduram até hoje e o papel moeda, que são as notas como as que hoje temos.
A todo este processo, que dura até hoje chamou-se civilização.
Um homem sábio que se chamava Almada Negreiros pensou assim: “A civilização é uma intrujice”.
E, de certa maneira tinha razão, porque os humanos deixaram de ser livres e tinham que depender uns dos outros e se tinham ouro, tudo bem, mas se não tinham só podiam trabalhar para ganhar algum para sobreviverem e isto só se lhes dessem trabalho.

2010-03-14

A globalização contada às crianças

PARTE II

O amanhecer da humanidade

Amiginhos

Tínhamos ficado no ponto em que os homens e, naturalmente, as mulheres, apareceram na Terra, neste planeta que é o terceiro em volta do Sol que, por sua vez, pertence à Via Láctea e esta, como tudo, pertence ao Universo.
Naquele tempo os homens viviam mais ou menos como os seus primos macacos, em pequenos bandos de base familiar, comendo a fruta e as plantas que apanhavam e caçando e pescando os animais que comiam.
Não tinham horário de trabalho, nem havia polícia para os multar nem escolas para frequentarem, nada dessas coisas que hoje nos complicam a vida.
Mas como os homens tinham imaginação e falavam uns com os outros, lá foram inventando utensílios que o ajudavam a colher as plantas, a caçar, a pescar, a preparar os alimentos a cobrirem-se quando estava frio a abrigarem-se do mau tempo e dos animais ferozes, enfim a tornar a sua vida mais fácil e também faziam desenhos nas paredes das suas cavernas e em grandes pedras e faziam também colares, pulseiras outros adornos para andarem mais bonitos. Já eram artistas.
Vivia cada bando no seu sítio, sítio que era de todos e não era de ninguém.
Alguns bandos partiram para outros locais, alguns bem distantes e, aos poucos, acabaram por ocupar todo o planeta.
Por vezes havia disputas, por um fruto mais suculento ou porque uns arranjavam o melhor sítio para dormir e outros também queriam esse sítio e lá iam resolvendo essas questões como podiam, com palavras ou com lutas mas sem polícia, que não havia.
Aliás não havia propriedade, era tudo de todos e cada um só tinha o que conseguia arranjar ou fazer, aquilo que precisava para si e conseguia manter.
E assim passou muito tempo com os homens nesta boa vida, e de tal modo que os bandos foram crescendo.
Havia muita gente e alguns mais espertalhões, certo dia começaram a apropriar-se de lugares e de coisa que passaram a dizer que era só deles ou da sua família e não dividiam com os outros.
Quer dizer, inventaram assim a propriedade e partes do planeta passaram a ser só deles.
Foi por isso que muitos anos mais tarde, mais próximo do nosso tempo, outro homem sábio chamado Proudhon disse assim:
“A propriedade é um roubo”.
As pessoas que, no tempo de Proudhon, como agora, tinham todas as suas coisas, compradas a alguém ou herdadas e não as queriam perder, e se queriam comer fruta não tinham outro remédio se não comprá-la ao dono da fruta, diziam que Proudhon era maluco, e revolucionário.
Mas vocês, amiguinhos, já sabem que ele não estava a sonhar com um novo mundo para a frente, como fazem os revolucionários, estava apenas a meditar sobre os tempos antigos em que tudo era de todos até que alguns se apropriaram de terra e de coisas que, de facto, roubaram aos outros, enfim.

2010-03-13

A Globalização contada às crianças


PARTE I

O princípio

Meus amiguinhos:

No princípio havia a Terra mas só no princípio que nos interessa mais, porque antes, muito antes, já tinha havido o “Big Bang”, ou coisa parecida, que libertou muito fumo e muita poeira que com o tempo se foram juntando, formando estrelas e planetas a rodarem à sua volta e cometas e por aí fora, além doutras coisa que não vemos mas já aprendemos como buracos negros que puxavam tudo para si e que assim juntaram as estrelas e os seus planetas em volta, em grupinhos que se chamam galáxias.
Mas como tudo isto é muito complicado e na verdade não explica nada nem nos diz nada sobre o que existia antes do tal “Big Bang”, se é que existia coisa alguma, e se não existia que coisa havia? È tudo muito complicado, alguns homens resolveram o problema dessa complicação com uma palavra e um conceito: Deus ou deuses que fizeram tudo, porque sim, e pronto é uma explicação como outra qualquer.
Cabe a vocês descobrirem o resto.
Mas vamos ao que interessa.
Numa galáxia chamada “Via Láctea”, uma pequena estrela dessa galáxia, que se chamava Sol e que tinha alguns planetas à sua volta, tinha um, que era o terceiro mais longe de si e que se chamava Terra e que parecia diferente dos outros, tinha ou ganhou muita água e ar o que lhe permitiu a formação de uma coisa nova a que se chamou Vida.
A Vida são todos os bichos e plantas que vocês vêm que nascem, vivem, reproduzem-se e morrem deixando material que vai alimentar a nova vida que vai nascendo, mas são também bichos e plantas ou coisa parecida que vocês não vêm, porque são minúsculos e os nossos olhos não vêm, mas estão por todo o lado, até nas nossas mãos e por todo o nosso corpo e, como os bichos grandes, também estes às vezes nos ajudam outras vezes nos fazem mal, chamamo-lhes “micróbios” e há muitos e de todos os tamanhos e feitios.

Ora, parece que toda esta vida apareceu antes de uma outra forma de vida, muito especial, que somos nós e vós e a que chamamos Seres Humanos.
Tão especiais que há quem diga que fomos feitos explicitamente por ideia do tal conceito, Deus, mas outros, que não acreditam nessas coisas, dizem que não, que aparecemos como os outros bichos, por evolução, por resposta ao ambiente porque nos adaptamos melhor, porque por mero acaso enfim, adquirimos características que nos fazem viver bem neste mundo e nos tem permitido sobreviver com sucesso
O que é certo é que somos muito diferentes dos outros bichos:
Quais serão essas diferenças ?
Na realidade, no fundamental, somos como todas as outras formas de vida, nascemos vivemos reproduzimo-nos e morremos um dia.
Interagimos com os outros seres vivos, que nos ajudam, uns e nos prejudicam outros ou noutras ocasiões os mesmos mas temos armas que mais nenhum tem:
A chamada inteligência, seja lá o que isso é, a fala, que nos permite comunicar uns com os outros de forma muito precisa, e, sobretudo a imaginação.
Um homem sábio chamado Einstein, parece que disse um dia:
“A imaginação é mais importante do que o conhecimento”.
Ele percebeu bem a essência do homem, é só a imaginação, por exemplo, que vos permite ver na tela do monitor do computador estas manchas coloridas de formas estranhas a que chamamos letras, e atribuir-lhes um significado.
Nenhum outro ser vivo, que conheçamos, é capaz de fazer isto, é capaz de ver mais do que dizia um outro sábio chamado Fernando Pessoa:
“Livros são papéis pintados com tinta”.
São-no para todos os seres vivos e eram para nós seres humanos, ao princípio mas a imaginação e muita evolução de que falaremos aqui depois, até chegarmos ao que somos hoje, permitiu-nos dar um sentido a toda essa tinta.

2010-03-09

A calamidade da Madeira

Como já disse aqui, há tempos, Alberto João Jardim, independentemente do seu estilo informal e livre que por vezes raia a má criação, tem todavia uma virtude singular que é rara de ver na classe política: Encara o governo como um serviço à população que governa.
Alberto João procura resolver os problemas das pessoas e preocupa-se com o seu bem-estar.
Nestas horas difíceis que assolaram a Madeira, ele esteve sempre na primeira linha como mesmo os seus tradicionais inimigos reconheceram.
Eu, em caso de calamidade, gostaria bem de ter um Alberto João Jardim ao comando e na reconstrução.
Um pormenor importante foi o de não permitir a declaração de calamidade pública.
A princípio disseram os media que isso impediria ou limitaria a ajuda da UE, o que não é verdade, com já se viu, e não fazia qualquer sentido e também que tinha a vantagem de não prejudicar a imagem da Madeira e a sua principal actividade económica o Turismo, o que sim, faz sentido.
De qualquer forma, hoje já sei do verdadeira efeito da decisão de Jardim: Permitir que as companhias de seguro paguem os danos dos privados o que não fariam em caso de calamidade pública.
Isto é bem Jardim.