Ouço sempre este murmúrio:
No céu cinzento
Sobre o astro mudo
Batendo as asas na noite calada
Vêm em bandos, com pés de veludo
Chupar o sangue fresco da manada.
Se alguém se engana com seu ar sisudo
E lhes franqueia as portas à chegada
Eles comem tudo, eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada
Como saberão, é um velho tema de Zeca Afonso, escrito ainda na “noite fascista”, mas, para mim, nunca esteve tão actual como agora.
2005-08-23
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