Este artigo de João César das Neves no DN, levanta uma questão essencial, direi mesmo a questão essencial: a procura da felicidade e a resposta a esta eterna questão: O progresso e a riqueza trazem-nos a felicidade ?
Deixando de parte, por agora, a questão mesma da "felicidade" (como Agostinho da Silva, penso que a obsessão pela "felicidade", como arquétipo, não traz senão a infelicidade), a resposta aquela questão é claramente não e não é preciso teorizar sobre o assunto, o artigo mostra-o e, mais importante, o nosso conhecimento e experiência também.
Por agora, limito-me a juntar um tijolo a esta construção:
Como primatas que somos, macacos, embora deuses, o bem estar e a "felicidade" está na nossa própria natureza, na vida em pequenos bandos, onde mantemos uma identidade e usufruímos do convívio com outros homens e mulheres, também eles concretos e únicos nas suas característica individuais que poderemos classificar de defeitos e qualidades.
E são estas estruturas simples que o "progresso" e a riqueza vêm destruindo, ao construir a sociedade global: tentando converter os primatas que somos, nalguma espécie social mais semelhante à das abelhas ou formigas.
Consciente ou inconscientemente, é esta luta que travamos sempre, constituindo os nossos bandos, formais ou informais, do café, do desporto, de interesses diversos, onde nos sentimos bem e que queremos sempre muito nossos.
Aliás, a própria blogosfera, ou segmentos dela, são também, de certa forma, as nossas aldeias de macacos.
2003-09-01
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