2009-04-01

Carta de Pristina – 4

Hoje foi uma primeira prova de fogo, enfrentar um auditório de kozovares.
Felizmente correu tudo bastante bem mas fui muito ajudado por um reforço inesperado, a simpatia que a generalidade dos kosovares parecem ter pela tropa portuguesa:
“Os portugueses são como nós” disseram-me, “simpáticos, prestáveis e teimosos que nem burros”.
Será?
Deixou muita saudade um tal Capitão Sousa. Só lamentavam porque já não eram portugueses os que estavam agora na zona deles.
Por mim procurei não envergonhar o Capitão Sousa e estar altura.
Parece que consegui.
A tropa aqui vive na sombra, raramente saem das casernas e assim não incomodam ninguém, vão fazendo umas compras e são, para alem disso, um seguro de vida para aquela gente traumatizada e assustada.
Por eles, a tropa podia e devia lá ficar toda a vida

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