2009-04-16

O regresso a casa

Já instalado e de regresso às velhas rotinas, recordo o único episódio notável dessa sequência de aviões e aeroportos.
Feito o “check in” em Pristina, enquanto aguardava calmamente o momento do embarque para Viena, ouço no altifalante qualquer coisa imperceptível que se referia ao passageiro, para Viena Mr. Iordao Nuno.
Era eu! Devia ser eu mas porquê?
Fui indagar junto de um funcionário da alfândega, que depois de ele próprio indagar, me veio esclarecer que a minha mala de porão teria que ser inspeccionada.
Que raios, é roupa suja, essencialmente, uns DVD pirata (mas isso só deveria preocupar a alfândega de Lisboa) e umas lembranças como um pequeno alaúde típico Albanês, cujo nome não sei, e um chapéu, também típico da Turquia e da Albânia e do Kosovo que muitos velhos trazem na cabeça e cujo o nome também não sei dizer.
Que suspeita teriam os homens?
Aguardei calmamente até que vejo chegar um funcionário com a minha mala que me pediu para o acompanhar a uma cabine.
Enquanto eu abria a mala o funcionário foi-me questionando: “O Sr. traz isqueiros?”.
Trazia, de facto trazia 25 isqueiros, tipo BIC, para dar aos amigos em Portugal.
Estes isqueiros que se vendem no Kosovo, além de bons, têm uma pequena lanterna, por vezes utilíssima e, o melhor de tudo, é que custam 20 cêntimos, cada um. Eu tinha comprado 5 Euros deles.
Roubaram-mos todos, disseram que era muito perigoso por causa do gás.
Tretas, só naquele avião deveriam seguir mais de 150 isqueiros em bolsos diversos.
Por fim, comiserados deram-me 5, dizendo: “pode levar estes”.
E assim foi.
Os meus amigos é que ficaram a “arder”, curiosamente por falta de isqueiros.

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