2008-07-29

O teatro do absurdo

Ionesco foi um dos grandes dramaturgos do teatro do absurdo, com diversas obras notáveis como a “Cantora Careca”, o “Rinoceronte” ou “As cadeiras”.
Na altura, anos 50 e 60 do século passado, fizeram furor pela sua originalidade, o seu arrojo e aquela dúvida que nos deixava sempre “será isto arte ? ou estarão a gozar comigo e eu a deixar ?”.
Passou o tempo e o teatro do absurdo saiu do “main stream”, mas ao ler hoje o seguinte esclarecimento do Jornal Público, foi de Ionesco que me lembrei:
“Na primeira página de ontem, escreveu-se, por lapso, e no âmbito do trabalho que comparou a nova tabela de preços do registo predial com a situação anterior, que "o custo dos notários para a compra e venda de casa com recurso ao crédito bancário é dos que baixaram menos". Como se compreende, não foi o custo dos notários que sofreu alterações, mas sim o preço dos registos, que são efectuados não nos notários, mas nas conservatórias. Pelo lapso pedimos desculpa aos visados e aos leitores.”
Será que alguém compreende do que é que o Público está a pedir desculpas ?
De ter dito que os custos dos notários é que baixaram menos quando afinal eles nem se alteraram (será que poderá baixar menos do que zero ?)
E o que é que se compreende ? e se se compreende (talvez lendo o artigo) porque é que nos querem explicar outra vez ?
Terão sido então os custos das conservatórias que baixaram menos e não os dos notários que afinal não se alteraram ? e então como é que os custos subiram ? (que era o tema da notícia).
Bom, seja o que for, o Público, por mim, está desculpado.

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