Por vezes, nalguns pontos da jornada, surge algo em mim que me obriga a reflectir sobre o sentido daquilo que faço.
Este blogue, por exemplo, permite-me publicar (tornar público e acessível ao mundo) alguns aspectos que traduzem a minha visão do mundo.
Ainda que ninguém leia de momento, ainda que tudo aquilo que eu escreva possa ser ou não se interpretado de acordo com as minhas intenções e motivações, sei que há seres humanos para quem aquilo que eu escrevo, num determinado momento, pode abrir novas portas de percepção.
Tem-se passado isso comigo relativamente a outras coisas que leio ouço e vejo e vivo, às vezes onde menos espero.
Sei também que estes bits e bytes lançado no mundo são efémeros, na nossa perspectiva, ainda que não saiba se algum arqueólogo do futuro não virá a desencantar algumas destas linhas a que atribuirá algum significado acrescido, como nós hoje fazemos a singelas placas de textos quase incompreensíveis datados de há milhares de anos.
Quero com isto dizer que independentemente de agradar ou desagradar, estar ou não estar na moda, aquilo que procuro escrever aqui é aquilo que de algum modo foi importante para mim.
E pretendo fazê-lo sem mais preocupações.
Vem isto a propósito de, por vezes, não escrever aqui aquilo que deveras quero por não o poder fazer com o rigor e as referencias precisas que a comunicação actual exige e eu próprio costumo exigir.
De futuro, ainda que sejam sombras que me afectaram, vou tentar falar nelas.
Almada Negreiros escreveu a sua História de Portugal de Cor, explicando que “de cor” significa: como o coração se lembra.
Vou passar também a escrever alguns postes de cor: como o coração se lembra.
2004-05-20
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