2009-01-17

A “Sociedade Civil”

A “Sociedade Civil” é, para mim, um dos melhores programas de TV que é transmitido diariamente na RTP2, por volta das 14h e que agora, devido à minha nova situação de aposentado, posso ver, quase diariamente.
Aí se discutem todos os assuntos verdadeiramente importantes.
Não se fala de défice nem de recessão, nem de que 2009 vai ser um ano lixado, nem nenhuma dessas questões que nos distraem da atenção à vida e que fazem o gáudio dos comentadores.
Ali fala-se de tudo o que importa: de queijos e chouriços, da educação das crianças, dos abusos sobre a população prisional, da saúde das pessoas, enfim, dos temas mais diversos mas sempre interessantes.
Para comentar não se chamam os comentadores oficiais, ali procura-se chamar as pessoas que sabem dos assuntos a tratar.
É um programa exemplar.
Ontem o tema debatido foi o envelhecimento e ali entre várias questões que o tema sugere e que foram tratadas, falou-se da “idade cronológica” (a que consta dos nossos papéis de identificação) na idade biológica (a que consta das nossas células e do seu estado) e na “idade psicológica” (a idade que sentimos ter).
Esta diferenciação fez-me meditar em mim próprio:
Durante a infância e até para aí aos meus 18 anos cronológicos, senti-me psicologicamente criança, daí até aos quarenta e tal cronológicos, senti-me sempre um jovem e agora que tenho 59 anos cronológicos, sinto-me psicologicamente com 327 anos, embora, curiosamente, não me sinta muito velho sinto é que todos à minha volta são mais novos do que eu, até alguns cronologicamente mais idosos.
É bem verdadeira esta diferenciação da idade.