Mas foi esta a ideia essencial que colhi no interessante livro de Paulo Morgado “O Corrupto e o Diabo”, diálogo às portas do 5º fosso do 8º inferno:
“A corrupção e o tráfego de influência faz parte integrante do sistema capitalista liberal em que vivemos”.
É praticamente inútil combatê-los, portanto.
Num sistema em que tudo se transacciona, porque não se haverá de transaccionar o favor, o privilégio, a virgula no sítio que me interessa ou leitura mais conveniente da lei.
Quando estudei “marketing industrial” foram-me transmitidos procedimentos como estes:
1. Identificar quem toma realmente a decisão de compra (chamando a atenção que nem sempre é quem institucionalmente é suposto ter essa função).
2. Identificar factores de motivação desse indivíduo decisor (aqui chamava-se a atenção que as pessoas se motivam pelas coisas mais diversas, para umas funciona o dinheiro, para outros os presentes vistosos, outros ainda perspectivas de sexo ou de viagens, etc)
3. Proceder de acordo com os pontos anteriores de forma a conseguir a decisão favorável.
Isto foi-me ensinado por insignes e impolutos mestres americanos mas que sempre me cheirou a uma fórmula equivalente a esta “seja corrupto mas consiga a venda”, lá isso é verdade.
2008-02-22
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