Na minha experiência, as contas de telemóvel em “roaming” podem ser qualquer coisa sempre inesperada, ora valores exorbitantes que nos deixam de queixo caído, as mais das vezes, ora agradáveis surpresas, raramente.
A verdade é que nunca sabemos o que nos espera, não escolhemos nada, caímos na rede estrangeira que o Sr, telemóvel deseja, ignoramos tarifas, campanhas, promoções que eventualmente existam e aguardamos a sentença final que geralmente é muito severa.
É claro que eu sei que teoricamente podemos obter toda a informação necessária e podemos mesmo forçar a escolha desta ou daquela rede estrangeira, por vezes com sucesso, mas isso exige de nós uma dedicação exclusiva e uma disponibilidade que eu de facto não tenho, nem quero ter.
Acordei assim numa estratégia com os da casa: em “roaming” confio na providência, pago o que me pedirem mas, á parte qualquer emergência, só uso mensagens SMS, que são sempre muito mais em conta.
Foi assim que parti para a Grécia: Saí ligado à Vodafone Portugal, cheguei a Zurique, onde fiz escala, e o telemóvel ligou-se à Vodafone Suiça, segui para Atenas e o móvel optou pela Vodafone, neste caso, Grega, tudo muito variado, como vêem, estivesse onde estivesse a conta seguia para os diferentes bolsos do mesmo Sr. Vodafone.
A caminho do hotel, não sei porque artes, o meu telemóvel rebelou-se, fartou-se da Vodafone e ligou-se espontaneamente a já não sei que operadora Grega.
É claro que eu sei tudo isto que se passa no mundo dos telemóveis por pequenos toques acusando a entrada de mensagens das diferentes redes que me querem dar sempre as suas boas-vindas e oferecer-me um série de ajudas.
Eu, fiquei feliz por aquele acto de insubordinação do meu telemóvel, “chega de Vodafone”, terá pensado a máquina, “deixem-me conhecer a Grécia no seu todo”.
Foi todavia sol de pouca dura, chegado ao hotel e ao querer mandar um SMS, o ecrã entrou em colapso, empalideceu, e o telemóvel desligou-se inexplicavelmente. Quando o voltei a ligar, lá estava de novo a , toda poderosa, Vodafone,
E assim, queira ou não queira, eu tenho de pagar exclusivamente ao Sr. Vodafone, metendo dinheiro no seu bolso português, suíço e grego., por vezes ao mesmo tempo.
Foi assim que aplaudi aquela manifestação da Comissão Europeia, que lá vi na Euronews mas que, já me disseram, que também cá teve destaque: “acabem com o roaming na UE, já”
Então isto é um mercado comum só para o que lhes convém ou quê ?
2006-04-06
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