2006-04-27

Reflexões privadas sobre Chernobil

Foi há 20 anos, a notícia chegou-me como as de todas as grandes catástrofes, tocou-me a razão e um pouco também o coração mas à distância, vivido na segurança de quem está longe, ainda que alguns profetas da desgraça não se cansassem de nos dizer que nem sequer aqui estávamos seguros.
Foi só há 2 anos na Polónia que senti Chernobil. Aí estava ainda na memória de todos: medos reais, restrições reais, 18 anos depois ainda estava bem presente o seu fantasma.
Mas foi aí também que senti outra catástrofe, a segunda guerra mundial, por todo o lado ainda, em muitos edifícios, em muitos rostos, sempre tão presente fazendo-me ganhar a consciência da fragilidade da Europa e, por outro lado, a da nossa singularidade.
Não sei se é Nossa Senhora de Fátima que nos protege, como se disse quando mudou o vento que fez devolver à Galiza o derrame do “Prestige” que os espanhóis tanto quiseram empurrar para nós, mas que temos sido um “ditoso reino” já não tenho qualquer dúvida.

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