2004-01-28

Livros

Hoje, pensei para comigo:
Em vez de fazer estes postes desconchavados, gostaria de escrever 3 livros.
Um primeiro sobre a relação do indivíduo com a máquina judicial, imensa, absurda, como um monstro bio-mecânico que tudo tritura, numa (i)racionalidade implacável e em relação à qual um modesto cidadão, como eu, sente a enormidade da sua impotência.
Tenho este livro na cabeça, chamar-lhe-ia “O Processo”.
Um outro relataria a actividade impotente de cada um de nós, relativamente ao peso de uma, ou melhor, de todas as administrações burocráticas, com a sua (i)lógica própria e toda poderosa.
Também já tenho a ideia, dar-lhe-ia o nome de “O Castelo”.
Um terceiro trataria da precariedade da relação de um homem ou mulher normal com o seu próprio quotidiano e da instabilidade dos modelos em que assenta.
A este, daria o nome de “A Metamorfose”.
Se tivesse o talento necessário, que não tenho, deveriam ser 3 livros magníficos que me poupariam muitos postes.

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