2006-01-30

O Equívoco do caso Alegre

A notável adesão popular à candidatura de Manuel Alegre transcendeu o próprio candidato. De facto, não foi o apoio a este poeta “histórico” do PS que determinou essa adesão, pelo contrário, foi a conjuntura que conduziu ao seu temporário ostracismo partidário que despertou a simpatia popular.
Cada vez mais as pessoas estão fartas dos partidos, e do seu monopólio de acesso ao poder, em qualquer das suas formas, da sua progressiva alienação da realidade que os rodeia, da intrujice que nos querem “vender” de identificar a democracia com os partidos e as eleições (e mesmo estas só quando os resultados convêm, porque para o Hamas palestiniano, eleições livres já não chegam).
Eu que faço parte do povo (do “demo”) não posso sequer tentar ser deputado.
Campelo que defendeu os interesses dos seus eleitores contra os interesses das sua cúpula partidária foi “crucificado” na praça pública.
Há qualquer coisa de podre neste “Reino da Dinamarca” e muitos dos que votaram Alegre já começam a não suportar o mau cheiro.
Mas sendo já tão significativo este reconhecimento dos malefícios dos partidos, do que é que se hão de lembram os “opinion leaders” para capitalizar este sucesso de Alegre ?
Nem mais nem menos do que a fundação de mais um partido político !
Mais do mesmo, portanto.
Felizmente o povo parece não ser tão pobre de imaginação

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