Também tem a sua aura romântica:
Os capitães de indústria, com grande inteligência e visão, detectando tudo o que pode servir a humanidade, passando sobre tudo e sobre todos, com grande coragem e perseverança, para ter a satisfação de proporcionar bens e serviços preciosos para a felicidade dos homens.
Nas suas fábricas dão o pão e a vida a milhares de famílias.
Depois é o mercado com as suas leis misteriosas, fazendo baixar o preço até ao ponto justo, permitindo a escolha entre a diversidade, promovendo a melhoria constante, estimulando a criatividade e a descoberta.
É o paraíso mercantilista.
Mas onde está este mundo feliz, descrito em compêndios de economia ?
No mundo em que vivemos e no sistema económico em que estamos apenas vejo a cobiça, a acumulação desmesurada, os preços exorbitantes, a destruição e o roubo do património público do planeta que deveria ser de todos.
Curiosamente, o capitalismo romântico, apenas o antevejo, tímida e disfarçadamente, no mercado negro, na contrafacção e no contrabando.
É apenas aí que observo a engenhosidade, o esforço, o assumir de riscos para servir a sua clientela, é só aí que o capitalismo tem dimensão humana..
Mas a estes perseguem-nos o estado e os seus aparelhos policiais e judiciais.
Fazem isto em nome do povo, dizem. Mas em meu nome não é porque eles me prestam um serviço, é apenas para defender os interesses dos “donos do mundo”, e os seus auto estabelecidos “direitos”.
Para estes capitalistas não existe o “laisser faire, laisser passer”.
2006-01-07
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