Bastavam 50 porcento mais um voto, Cavaco até teve 50 mais 2 ou 3 e assim se vê quanto uma rodagem de carro pode ser importante.
È verdade meus caros, ainda que se diga que a rodagem do carro foi uma mera cortina de fumo para um plano maquiavélico, como a imaginação criativa de jornalistas e comentadores políticos tem de afirmar para exibir a sua pretensa perspicácia, a verdade é que as coisas se passaram mesmo assim:
Um carro novo a precisar de rodagem, um congresso na Figueira da Foz a fornecer um bom pretexto para a fazer, um partido em fase de desorientação e Cavaco, que ninguém sabia quem era, na altura, a ver-se alçado em Secretario Geral, quase por unanimidade e aclamação.
Depois foi o que se viu, uma conjuntura muito favorável, dinheiro a fluir de Bruxelas, uma gestão honesta e certinha e o país a dar um salto económico e social muito significativo.
Até que a fartura atiçou cobiças, Cavaco perdeu a mão dos seus “boys”, criou o tabu, que ainda hoje estou para saber o que foi, mas que deixou uma aura de mistério no personagem que encantou o pessoal.
Seguiram-se Governos e Partidos, mas com a mediocridade a medrar por todo lado, nunca mais se voltou aos tempos áureos de Cavaco.
E cá o temos de novo: a situação é que já não é a mesma e a função ainda menos.
Vamos a ver o que isto dá. Eu, cá por mim, preferia um Portugal mais alegre, mas enfim...
2006-01-23
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