Parei, nos meus zappings televisivos, num debate na 2 sobre a segurança rodoviária em Lisboa.
Falava um eminente convidado, fardado de GNR, apontando as devidas culpas aos piões, dado que a nossa atenção só se preocupa com os automobilistas mas os piões também são culpados (como se houvesse 2 raças, de piões e de automobilistas e não fossemos todos os mesmos).
Dizia ele, mais ou menos isto: Os piões habituados a atravessar a estrada em determinado sítio, que lhes é mais favorável, não se dão ao trabalho de procurar a passadeira que estará a 10 ou 20 metros e se vão para a passadeira atiram-se de qualquer maneira como se tivessem totalmente seguros.
Pobres piões, ninguém lhes faz as passadeiras nos sítios que lhe são mais convenientes tem de arriscar a vida em corridas e gincanas absurdas, todavia se prefere dar-se ao incómodo de procurar a passadeira para garantir a segurança, desiluda-se porque tem de passar na passadeira com os mesmíssimos cuidados.
Foi ele que disse e não eu, só não se questionou sobre os seus argumentos para atacar os piões e que afinal apenas os justificam.
Passeando por ruas de Paris, já me parei a meditar nesta coisa simples, afinal é possível fazer passadeiras no enfiamento dos passeios. Isto, que parece óbvio, é totalmente desconhecido em Lisboa, a cada quarteirão, para se seguir em frente, tem que se fazer uma chicane, todas as passadeiras estão deslocadas 1 ou 2 metros para dentro da rua que se atravessa, Porquê ? Vale-nos afinal o bom senso porque lá vamos seguindo em frente, fora da passadeira e, graças a Deus, escapando à multa.
2004-03-16
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