Como saberão, realizou-se ontem em Portugal o referendo relativo à despenalização da interrupção da gravidez até às 10 semanas.
Os resultado oficiosos foram:
Sim – 59 %
Não – 41 %
Abstenções – 56 %
Houve portanto mais cerca de 19 % de votantes favoráveis à alteração da lei do que os que se lhe opõem, e cerca 6 % de portugueses que ainda que tivessem todos votado, quer sim quer não tornariam este referendo vinculativo sem que o resultado se alterasse.
Luís Delgado no seu artigo no Diário de Notícias extrai a seguinte conclusão destes resultados:
“É certo que eles prometeram mexer na lei, mesmo sem a maioria vinculativa, mas é um princípio de pensamento totalitário e de extraordinária falta de respeito pelos portugueses.”
Seguir a vontade majoritária dos portugueses é portanto “uma extraordinária falta de respeito pelos portugueses”
À moda do meu neto Pedro de 2 anos diria a Luís Delgado “xim, xim”, que significa no seu linguajar “fala lá para aí à vontade que eu não estou a compreender nada”, embora na verdade neste caso até o esteja perceber muito bem.
Mas como também há gente lúcida a escrever nos jornais recomendo este pertinente artigo de Francisco José Viegas sobre os limites ou a falta deles, entre interesse público e interesses privados.
2007-02-12
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2 comentários:
O Luis Delgado é insuportável, é verdade.
E também é verdade que mesmo que os 6% que tornariam o referendo vinculativo votassem Não, o resultado deste não se alteraria.
Mas penso que não apresentaste as tuas contas de uma forma clara: 59% votaram Sim, mas não foram 59% de portugueses, mas sim 59% de 44% dos portugueses que votaram, ou seja: 26% de portugueses. O mesmo para o não.
Assim:
26% SIM
18% NÃO
56% Não votaram.
É claro que é assim como dizes mesmo mas eu fiz as contas na altura e vi que o resultado não se alterava e não detalhei para não tornar o poste demasiado técnico e chato.
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