2007-02-21

Impressões de viagem 4

A Brasília de Kubitschek

Brasília é estranha:
Tirando a periferia suburbana que será como todas as periferias suburbanas, em Brasília vive-se no campo, não há cidade, está-se no campo, pertinho de tudo mas isolado de tudo.
Sendo uma cidade planeada de base, tem os espaços verdes, toda ela é espaços verdes, a fluidez do trânsito, racional, sem cruzamentos, as infra-estruturas necessárias, a paz do sertão e, tendo carro, estamos a 5 minutos de tudo.
Todavia não se pode andar a pé, palmilhar as suas ruas, não há ruas em Brasília, apenas estradas e auto-estradas.
O centro político é magnífico de arquitectura imponente, arrojada e arejada.
No museu da cidade gostei de ler a candidatura de um jovem arquitecto, então pouco conhecido, apresentada no concurso público para a construção da cidade, chamado Oscar Niemeyer, o texto da candidatura traduz o espírito do homem que era e que veio a ser.
No entanto a filosofia da cidade deve-se fundamentalmente a Lúcio Costa que alguns consideram injustiçado pela história, face à força do “furacão” criativo que é Niemeyer.
Há quem diga que quem não puder conhecer todo o Brasil, procure, pelo menos, conhecer Brasília porque aí encontra um pouco de todo o Brasil.

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