2005-07-02

Reflexões sobre a idade

Numa referência na RTP 2 a amantes do “rectro gaming”, que até têm já uma organização internacional, quer dizer que há muitos que pensam assim, assisti interessado a uma reportagem onde se expressaram (jovens ?) estariam no escalão etário entre os 27 e os 35 anos, amantes dos jogos do ATARI e Commodore, que tinham alegrado as suas infâncias.
Do venerável Spectrum, sempre evocado, falaram já com o respeito devido a um ancião notável; talvez o início de tudo, mas que já não era das suas relações mais directas.
Diziam que a simplicidade visual e auditiva desses jogos arcaicos tinham “uma magia” que os atraía imenso.
Eu, que sou mais velho e sage, penso o mesmo do pião, das caricas e do berlinde, que geraram na minha infância sensações e estados de alma que nenhum jogo de consola ou computador pode reproduzir.
Estou convencido que as crianças de hoje, quando virem os seus filhos brincarem num jogo virtual a 3 dimensões, vestidos de capacete e armadura irão também recordar-lhes com saudade os encantos das “play station”.
É que, na verdade, a “magia” de que falavam não está na tecnologia nem nos jogos em si, a “magia” está simplesmente dentro de nós mesmos e nesse momento da vida em que todos somos mais humanos ... a infância.

2 comentários:

Anónimo disse...

Gostei do blog, convido a visitar este antro deveras interessante pelo simples facto, que lá na Arca, escrevem os mais prodigiosos inventores da escrita zoófila. Passe e comente...abraços bloguistas
e se gostar "link"

www.arcadobue.blogspot.com

Cainha disse...

Toda a razão, também assim penso. Os encantos residem essencialmente em nós, nos nossos olhos, e na forma de inocência que continham.
Gostei muito da forma como está escrito (e pensado) este post.