Que tal as férias?
É a expressão que os meus colegas ainda no activo costumam usar quando me vêem, no dia a dia sem as obrigações comuns que a vida activa exige.
No seu imaginário a reforma que ambicionam é, sobretudo, férias, não fazer nada, de “papo para o ar”, como se isso, por si só, fosse a felicidade.
Não é!
As minhas férias, como a de muitas pessoas em muitas situações, são apenas uma alteração da rotina, a adaptação a um espaço estranho, que se vai descobrindo e tentando moldar à nossa imagem.
A presença constante dos meus netos, ora gratificante e cheia de surpresas, ora perturbante e quase insuportável.
O uso do computador portátil, o toque das teclas, a mania irritante de me dobrar os aa que escrevo, a Internet intermitente e lenta, tudo isso são pequenas dificuldades que contrariam a minha escrita.
Entretanto, em Belgrado, alguma equipa de jovens muito activos debruçam-se sobre vários currículos, entre os quais o meu, para escolher a pessoa ideal para ajudar o Governo Sérvio a definir a estratégia para a implementação da abordagem LEADER para o desenvolvimento rural, naquele país.
É-me evidente que sou eu a pessoa indicada, só que eles não sabem disso, ainda.
Aguardo ansiosamente a decisão.
A pressa com que me pedem, como pediram alguns esclarecimentos adicionais, é só necessária para mim, eles ,como sempre, são lentos, lentíssimos nas suas decisões.
Iremos ver o resultado.
Iremos ver se este blogue irá ter ou não algumas cartas de Belgrado.
Entretanto vou continuando a viver e tentando gozar o melhor possível as minhas férias.
2009-08-07
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