2005-02-17

Ainda a campanha

É certo que estou sempre a falar nisto mas, como certo personagem famoso, cujo nome não me ocorre e que tinha uma imagem de chato e repetitivo terá dito, também eu o afirmo:
Pois é, já disse isto muitas vezes mas tenho ainda que continuar a dize-lo até que me compreendam:
Nas campanhas nunca se debatem ideias mas apenas generalidades mais ou menos irrelevantes e é assim agora, como foi assim antes.
Com Mário Soares ou com Cavaco as coisas não foram diferentes, não houve ainda uma única campanha onde se tenha discutido com elevação qualquer assunto.
Aliás se isso acontecesse o povo iria achar chatíssimo e os analistas iriam bater, na mesma, dizendo que os candidatos não foram capazes de utilizar uma linguagem acessível.
Não é na escala positiva que se apreciam os candidatos mas apenas na negativa: Quem comete menos “gaffes” e diz menos asneiras será o melhor mas mesmo assim não é linear que seja esse candidato impecável quem colhe mais simpatias e votos, às vezes pelo contrário, veja-se a célebre trapalhada de Guterres a dizer (ou a não dizer) o número do PIB, o que só lhe trouxe a admiração popular:
- Ele é como nós, também se engana nas contas !
Assim, a minha análise da campanha limita-se a considerar quem me parece que disse menos asneiras. A minha lista é a seguinte.

O mais certinho – Jerónimo de Sousa
2º lugar a alguma distância – José Sócrates
3º lugar – Paulo Portas
4º lugar – Francisco Louçã
5º lugar – Santana Lopes

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