Belgrado é bonito, tem um ar de velha capital europeia, que é, e aquele toque de Europa central.
Eu vivo no centro, sem dúvida, no “Cais do Sodré” como disse, mas a animação maior fica entre o “Terreiro do Paço” e o “Rossio”, daqui a dois passos.
A animação é dada pelas ruas exclusivas para pedestres, as esplanadas, umas atrás das outras e o canto permanente de grupos informais ao estilo Kusturica.
A baixa de Lisboa devia ser assim e ouvir-se fado pelas ruas.
Não sei o que tem Lisboa que expulsou os seus habitantes e odeia esplanadas, não obstante ter um excelente clima para isso.
Eu já me vou entendendo por aqui mas tive um inimigo, o alfabeto cirílico.
Na Sérvia há dois alfabetos oficiais o latino que é usado pelo comércio moderno e na generalidade das legendas dos canais de tv cabo, e o cirílico que é obrigatório em documentos oficiais e permanece na toponímia da cidade, pelo menos da cidade velha e que eu tenho vindo a estudar para sobreviver.
O mapa de turista que tenho está em latino, as placas na rua estão em cirílico, e esse simples facto tem-me feito derivar pela cidade e percorrer quilómetros para avançar 100 metros.
Felizmente isso está a acabar.
Cada dia domino mais esses sinais que têm a vantagem de tirar às línguas eslavas, aquela sequência de consoantes, que as torna ilegíveis para nós.
Com as luzes de polaco que tenho, muito do sérvio torna-se minimamente compreensível para mim.
Dominando o cirílico avanço uns paços para o domínio deste ambiente estranho.
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2009-09-12
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