Foi graças ao meu sobrinho Eduardo Jordão, amante de Fernando Pessoa e talentoso pianista, que aliás nos irá dar no próximo Sábado dia 15, pelas 17 horas, no Salão dos espelhos do Palácio da Ajuda, um concerto onde, estou certo, quem duvide das minhas palavras poderá confirmar ao vivo a sua justeza. Foi esse meu sobrinho que desencantou o perdido poema de Fernando Pessoa que chegou parcial e distorcido ao meu poste abaixo: “Uma Tarde no Parque “.
É assim:
Fito-me frente a frente (30-3-1931)
Fito-me frente a frente
E conheço quem sou.
Estou louco, é evidente,
Mas que louco é que estou?
É por ser mais poeta
Que gente que sou louco?
Ou é por ter completa
A noção de ser pouco?
Não sei, mas sinto morto
O ser vivo que tenho.
Nasci como um aborto,
Salvo a hora e o tamanho.
Fernando Pessoa
2007-12-11
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1 comentário:
Decerto um grande poema (mais um) do grande poeta Fernando Pessoa que, como sei bem, é muito apreciado pelo Eduardo. Com certeza la estarei tambem dia 15 para o poder ver tocar.
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