2007-10-24

Portugal, um país sem Norte

Portugal nunca teve Norte, o que tem tido sempre é Minho, Trás-os-Montes e Douro.
Não sei que luminária descobriu o Norte em Portugal:
Primeiro, timidamente foi introduzindo a CCRN (Comissão de Coordenação da Região Norte, suponho), depois a doença passou para a agricultura e criou-se a Direcção Regional de Agricultura do Norte, onde dantes haviam as de Entre o Douro e Minho e de Trás-os-Montes.
Agora quer fazer o mesmo com as Regiões de Turismo: acaba o Minho, acaba o Douro, acaba Trás-os-Montes e fica o Norte.
Qualquer técnico de “marketing” sabe que a segmentação é a “core strategy” a estratégia central, o segredo do sucesso, mas os sucessivos governos vão entendendo que o ideal é caldear tudo: vinha de enforcado, recortes verdes na paisagem, o berço de Portugal, Guimarães, o Reino Suevo, o vinho verde, as escarpas do Douro, as vinhas em mortórios e socalcos, o vinho do Porto, os rabelos, os pauliteiros de Miranda, as alheiras, os folares, os castinçais, Gerês, e por aí fora é tudo a mesma coisa, para não dizer o que realmente pensam: é tudo a mesma merda.
Viva o Norte homogeneizado!

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