Ouço dizer que não sei que legionário ou historiador romano, referindo-se aos nossos avós lusitanos tê-los-á classificado como um povo que não se deixava governar nem se sabia governar sozinho
Eu confesso que esta observação, feita certamente com grande desprezo por nós e com o intuito de nos colocar ao nível das bestas, desperta em mim um imenso orgulho nacional.
O gajo topou-nos bem, o malandro do romano, só que apesar de tudo, cá continuamos há quase 900 anos, mesmo sem nos sabermos governar, o que é um facto indesmentível, e até contribuímos para esta abominável civilização global, muito mais do que a maioria dos povos deste mundo, mesmo os que mais partido tiram dela, o que também é inegável e é precisamente essa contradição que me fascina, essa capacidade de vivermos entre a miséria e a maior grandeza, ao mesmo tempo e igualmente bem.
Partilho com Agostinho da Silva uma certa ideia “messiânica” de Portugal, ou talvez não, a única coisa de que estou seguro é de que pertenço e me identifico com um país singular, único, diferente de todos os outros.
Para meu próprio proveito irei deixar aqui, de tempos a tempos, algumas peças para este “puzzle” que não está ainda perfeitamente elaborado na minha cabeça.
2005-11-27
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1 comentário:
Ler: Paulo Loução e António Telmo.
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