2010-02-12

Citizen Kane

Hoje, enquanto almoçava, ouvia o som da televisão nas minhas costas, o som de vozes zangadas com esta suposta cabala do governo e de quem lhe está próximo para controlar os media.
São vários poderes em luta, a justiça, a política, a polícia os media, regidos por um único árbitro, o poder económico.
Veio-me à memória o excelente filme de Orson Wells “Citizen Kane”, para muitos o melhor filme alguma vez feito.
Como me lembro de cor (ou como o meu coração se lembra) em Citizen Kane todos se intrigavam com as últimas palavras, no leito de morte, do magnata da informação, Kane: “Rosebud”.
Que mistério encobriria? Que segredo tão zelosamente guardado e certamente tão valioso e potente?
Perto do final, Orson Wells mostra-nos a criança Kane, deslizando na neve de trenó, e mais tarde vê-se esse trenó ardendo.
A câmara aproxima-se e podemos ainda ler as letras nele gravadas: “ROSEBUD”.
Levantei-me da mesa e saí pensando que se alguém me pedisse, naquele momento, uma opinião sobre a crise das escutas, responderia apenas: “Rosebud”.
Infelizmente receio que ninguém me entendesse.

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