Se há problema sério que tenha ocupado o meu espírito desde a minha juventude, sem que ainda o tenha resolvido, é este problema do valor das coisas.
O que é bom ou muito bom, o que é ser sofrível, mau, péssimo, por aí fora e isto na arte, nos bens materiais, nas pessoas, em tudo. Como se dá valores as coisas? Será algo universal, haverá o perfeito absoluto? Ou será antes uma mera questão individual de cada um de nós?
“Gostos não se discutem”, diz o povo, certamente porque sabe bem que não há juiz neste domínio, todavia há coisas de que toda ou quase toda a gente gosta e, vice-versa coisas que quase todos desgostamos. Será então uma questão estatística?
Hoje mesmo ouvi Manuel de Oliveira dizer que nem na sua obra, nem em nenhuma filmografia existe essa coisa a que se poderá chamar o filme perfeito, logo a seguir ouvi um admirador de Madona que considera muito próximo da perfeição qualquer coisa que recorde essa mulher, nem que seja uma velha lata de refrigerante com a sua imagem, coisa que eu deitaria para o lixo sem pestanejar. Ainda um pouco depois ou um pouco antes, falaram de umas cuecas de Michael Jackson que vão a leilão por uns milhões de dólares, enfim!
Resolvi então ir à raiz do problema e fui reler o Génesis para ver bem que raio de fruto comeram Eva e Adão arruinando a humanidade daí para diante e com bem poucas contrapartidas, não obstante Deus ter dito que agora, depois de comerem o fruto, eles se tornaram um de nós (DEUS).
Mas conta a bíblia que foi o fruto da árvore da ciência do bem e do mal e mesmo isso nós homens não aprendemos muito bem.
E eu que tinha esperança que fosse da árvore da ciência do bom e do mau, teria resolvido esta minha questão.
Se calhar não havia essa árvore no paraíso!
2008-09-11
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