O Tudo em família, na RTP2 a seguir ao almoço, é um programa excelente, paradigmático, uma fonte inesgotável de postes neste blogue.
De facto, se reflectirem um pouco sobre o nome deste blogue, talvez percebam melhor o que quero dizer e que não é nada irrelevante:
O tudo em família é uma voz isolada, no meio do espectáculo, a tentar gritar que também somos macacos. Mas fá-lo de forma confusa, instintiva, oscilando entre o espectáculo e o bom senso.
No programa que vi hoje fiquei a saber que estudos científicos rigorosos (espectáculo), baseados na observação de creches na China e na Roménia (países de macacos, como todos sabem) descobriram que o colo e o contacto de pele a pele pode ser mais importante para o bebé que o simples fornecimento de alimentos.
Observaram também que experiências com macacos (propriamente ditos) preferiam o contacto com “mães” com pelos do que “mães” metálicas.
A minha questão, aquilo que me preocupa, é que seja preciso que os média nos digam aquilo que está inscrito (supunha eu que indelevelmente) nos nossos genes.
Será que hoje, alguma mãe, alertada por qualquer estudo, rigorosamente científico, que prove que no beijo são transmitidos muitos agentes infecciosos e maléficos (o que eu não tenho dúvida que é verdade e qualquer estudo o poderá demonstrar) deixe de beijar o seu filho, para o proteger ?
Numa sociedade onde começam a proliferar cursos de paternidade e de maternidade, receio bem que sim.
Desculpem este meu desvario mas eu não tenho culpa de ser filho de uma mãe fumadora e que não teve aulas de amamentação, como foi proposto à minha filha, e de os meus pais não terem tido nenhum curso de paternidade (por apena 100 Euros).
Dou graças a Deus por ter sobrevivido até hoje, apesar de tudo.
2004-10-14
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