2011-04-03

Conversa, sobre o sentido da vida, com o meu neto Luís

Luís, meu neto de 4 anos, quando lhe pedi para colocar um cinzeiro com beatas sobre uma mesa, disse-me assim:
- Avô porque é que fumas? Se fumares morres, tu sabes.
Eu, habituado a este tipo de repreensões, respondi-lhe logo:
- Pois é verdade mas se não fumar morro na mesma.
Inconformado com a perspectiva da minha morte Luís insistiu:
- Avô, também podes pedir ao Jesus para não morreres.
E como insistisse muito nesta possibilidade de me fazer pedir a Jesus para não morrer, retorqui-lhe eu:
- Não preciso, porque o avô não se importa de morrer.
Esta minha declaração causou-lhe um grande espanto:
-Não te importas de morrer? Porquê?
Eu, aproveitando o seu cristianismo, demonstrado no apelo à minha reza retorqui-lhe.
- Olha se eu morrer, posso ir para o Céu, que é muito bom.
Luís não se convenceu e disse-me com superioridade: - Olha, eu não, eu prefiro não morrer e ir para o Japão!
O que é certo é que não tive mais argumentos; Luís venceu-me no meu melhor, a argumentação filosófica.

1 comentário:

Ana disse...

Viva o Luís!