2010-11-02

Agora sou mais de ler do que de escrever

Não é que me faltem tópicos e bocas para ir pondo aqui, só que quando decido escrevê-las logo me vem a ideia que não terão assim grande interesse público, que não vou conseguir dizê-lo de forma que me compreendam.
Passo mais tempo a ler, portanto e ler é bom também.
Li “Ecce Homo” de Nietzche em que este nos fala de si próprio e das sua história, “Eis o homem”, “Ecce Homo” é por tanto um bom título, só que não é o título da edição portuguesa, que é mais qualquer coisa como “O erro da civilização” mas que, em concreto, já não sei bem, já me esqueci.
Recomendo vivamente a sua leitura e conforta ver como Nietzche chegou há 150 anos à mesma conclusão que eu vou penosamente vislumbrando: O que importa na vida é o lugar onde vivemos, o país, a gastronomia e o funcionamento das nossa funções vitais, é isso que nos molda e que nos faz ser aquilo que somos.
Li também “A Inssureição que Vem” do Committé Invisível, e de que de uma passagem já dei conta aqui abaixo neste blogue. É um livro perturbador e deprimente na análise que faz do nosso tempo, no entanto é um livro muito lúcido que também vale a pena ler.
Li ainda “Mendigos e Altivos”, um clássico de Albert Corssery, autor Franco-Egípcio que relata a miséria e a natureza humana como mais ninguém,
Curiosamente revi ontem o excelente filme de Wim Wenders “The Million Dolars Hotel” e percebi agora que esse filme não é mais do que uma outra versão de “Mendigos e Altivos”.
Li também “Livros e Cigarros” de George Orwell, uma colectânea de pequenos ensaios auto reflexivos do autor, sobre experiências suas. Um grande livro também, embora pequeno em tamanho.
Recomendo a leitura de todos estes livros.
Não será certamente uma perda de tempo.

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