Sento-me no banco do combóio, coloco os auriculares, acciono o comando e Zás, salto para outro mundo.
Os companheiros de viagem transformam-se subitamente numa espécie de autómatos, alheios a tudo o que se passa.
Por vezes noto o olhar atento de um deles, que, por momentos, parece partilhar a minha música. Na realidade, deve apenas estranhar os meus ligeiros movimentos da perna, ou dos músculos da face, ao compasso da música, para ele silenciosa.
É assim, por vezes, a comunicação que estabelecemos diariamente: Como nos podemos entender se só um de nós ouve a música ?
2003-11-19
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