2006-06-24

Uma coisa é certa

Tudo, por melhor que seja, pode ser sempre ainda melhor.
Deixem pois os inimigos de Scollari destilar o seu ódio até ao fim.

2006-06-22

Trabalho de casa

Nas minhas aulas de polaco, como é habitual nestas situações, tenho trabalhos de casa.
O último que me propuseram colocou-me problemas para além dos habituais.
Tratava-se de narrar, em polaco naturalmente, uma história apresentada em quadradinhos sem legendas.
A história era, aparentemente bem conhecida em muitas culturas diferentes, contada a crianças em muitíssimas línguas, a história dos 3 porquinhos com casas, respectivamente de palha, madeira e pedra que são atacadas, com sucesso, pelo lobo mau, com excepção da firme casa de pedra.
No trabalho também me era pedido que redigisse em polaco a moral da história.
Na verdade nunca tinha pensado no assunto embora pense que passará pela importância de nos protegermos bem contra as agruras da vida ou de que os esforços para assegurar a segurança são recompensados.
De qualquer modo, aquele exercício trazia uma rasteira, um último quadradinho mostrava o lobo mau a avançar para a casa de pedra sentado numa potente escavadoura, o fim da casa de pedra mostrava-se inevitável.
Perante a fatalidade só me lembrei de uma moral: “O poder estraga a vida de toda a gente” e foi isso que verti para polaco.
Na correcção, para além dos inevitáveis erros de polaco, o pessoal riu-se da minha conclusão moral, parece-me que a história lhes sugeria mais a importância da tecnologia ou algo assim.
Voltei a ver e a rever os quadradinhos e, para mim, a única evidência era a que escrevi:
Os poderosos ganham em todas as situações !

2006-06-19

A voz dos avós que nos há de guiar à vitória

Quando Dulce Pontes cantou (aliás pessimamente) o hino nacional durante a cerimónia da bandeira das mulheres, a certo ponto cantou assim:

Oh Pátria ergue-se a voz
Dos teus egrégios avós
que hão-de guiar-te à vitória

Ora o que Henrique Lopes de Mendonça escreveu foi outra coisa:

Oh Pátria sente-se a voz
Dos teus egrégios avós
Que há-de guiar-te à vitória.

Quer dizer: nem a voz se ergueu nem são os avós, coitados que já morreram, que nos vão guiar à vitória, nada disso, é sua voz que se sente que o fará.
Todavia, quando isso se passou, eu não liguei muito, a Dulce baralhou-se um pouco ou alguém a enganou.
O caso torna-se sério quando vemos que um juiz decidiu não conceder a nacionalidade a uma cidadã cá radicada há anos e com filhos portugueses só porque não sabia a letra do hino nacional e depois, quando ontem no programa “O eixo do mal” da SIC notícias os comentadores debatem a questão dos símbolos nacionais, reproduzem esta passagem de Dulce Pontes e apesar de ser um programa de achincalhamento permanente a tudo e a todos, não fazem a mínima observação ao facto mostrando que também eles, tal como Dulce Pontes não sabem o hino nacional.
Não admira que tenham batido tanto no tal juiz, que aliás deveria ser mais cuidadoso ou a nacionalidade estará em risco para muitíssima gente.

2006-06-16

Voltei hoje para ouvir isto

Ribeiro e Castro critica o governo, que reputa de esquerda, por promover uma lei do arrendamento que promove uma verdadeira expropriação por interesse privado.
Não percebo a sua crítica: expropriações por interesse privado não são mais do que a prática normal e diária do sistema deste e de todos os governos.

2006-06-02

Este Blogue encerra para férias

Reabre na segunda quinzena do mês para falar, talvez, das minhas aquisições na Feira do Livro, que estou a pensar digerir agora.
Ainda assim, até pode ser que apareça alguma porta de ecesso à net.
Nunca se sabe!